Entrada de Júpiter em Câncer — 9 de junho de 2025, às 22h46 UTC
Na noite em que Júpiter adentra o signo de Câncer, às 22h46 UTC, o céu volta a presenciar um evento que só ocorre a cada doze anos. O grande benéfico ingressa justamente no signo de sua exaltação, onde sua força se manifesta de forma plena, nobre e poderosa.
Neste domínio lunar, Júpiter encontra campo fértil para expandir não apenas sua ação benéfica, mas também os temas que rege: justiça, religião, fé, cultura, política externa e valores elevados. A exaltação sugere que essas áreas ganham destaque, projeção e prioridade. Há promessas de tempos mais voltados à diplomacia, ao cultivo da moral, ao crescimento espiritual e ao enobrecimento dos afetos familiares e patrióticos.
Contudo, a força exacerbada de Júpiter pode levar à hipérbole: doutrinas excessivas, moralismos, expansionismos desmedidos ou posturas messiânicas. Quando a virtude se ergue além da medida, corre o risco de converter-se em arrogância ou fanatismo.
Enquanto isso, Saturno permanece combalido em Áries, signo de sua queda. A conjunção com Netuno acentua o risco de rigidez sem discernimento, de autoritarismo motivado por enganos, fantasias ou promessas vazias. As águas turvas de Netuno desorientam Saturno, produzindo decisões truculentas fundadas mais no delírio ou no medo do que na razão concreta.
Em contraponto, Vênus, recém-chegada ao seu domicílio, Touro, aporta ponderação e senso de valor duradouro. Favorece acordos, reconciliações e o cultivo de prazeres simples, oferecendo o equilíbrio necessário em tempos de fervor.
Mercúrio também ingressa em Câncer, acrescentando um tom mais íntimo, protetor e afetivo às comunicações. A mente volta-se para a memória, o lar e o acolhimento, promovendo um tipo de fala que busca segurança emocional mais do que razão argumentativa.
🌕 Lua Cheia em Sagitário — 11 de junho de 2025, às 04h46 UTC
A Lua Cheia de junho ocorre no eixo do saber: Sol em Gêmeos, Lua em Sagitário. É a oposição entre a multiplicidade das palavras e a busca por sentido. Gêmeos, sob a regência de Mercúrio, colhe dados e perguntas; Sagitário, regido por Júpiter, deseja rumo e fé. Quando esses dois se encaram, o mundo tende ao excesso: de discursos, de opiniões, de afirmações apressadas.
Mas neste ano, a lunação tem um tom distinto: Júpiter, regente da Lua em Sagitário, já se encontra exaltado em Câncer, desde o dia 9. Isso fortalece a capacidade de filtrar, acolher e proteger aquilo em que se acredita. A fé não está mais à deriva; ganha raiz, história e corpo. Ainda assim, o risco permanece: o emocionalismo excessivo pode levar a opiniões nutridas por afetos, ideologias confundidas com pertenças nacionais ou familiares.
Mercúrio, já em Câncer, aprofunda esse tom. O verbo busca intimidade, memória e proteção. Fala-se menos, sente-se mais — mas nem por isso se diz melhor. O perigo é a defensividade, o fechamento em bolhas e a transformação do debate em trincheira emocional.
No plano coletivo e geopolítico, essa Lua Cheia pode exaltar patriotismos, crenças religiosas e narrativas nacionais. Júpiter exaltado favorece lideranças carismáticas e discursos que apelam à tradição e à segurança cultural. Mas com Saturno em queda, no signo de Áries, há risco de impulsos bélicos, radicalismos e decisões precipitadas, sobretudo por parte de chefias ou blocos militares. A diplomacia precisa ser firme, mas não impetuosa — pois onde a fé se fecha, o conflito se acende.
🔍 Para você aproveitar melhor estas previsões:
Para que se possa aproveitar com mais facilidade as promessas desse céu fértil e expansivo, convém olhar para dentro, com os olhos voltados ao próprio mapa natal. Observe onde se encontra o signo de Câncer em seu mapa: qual casa ele rege? Que temas da vida serão tocados por Júpiter neste retorno glorioso? Veja também se Júpiter encontrará pelo caminho algum planeta natal — pois esse encontro pode trazer frutos, testes, ou chamadas à maturidade e crescimento.
E por fim, lembre-se: o que estava ocorrendo em sua vida há doze anos? Que sementes foram plantadas? O que germinou ou ficou por desenvolver? O retorno de Júpiter a esse ponto do zodíaco é também uma chance de revisão, colheita ou renovação do que foi vivido então — agora com mais consciência, mais maturidade e, quem sabe, mais fé.
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