A semana começa com o Sol no signo de Câncer, fortalecendo a Lua, que míngua exaltada em Touro.
O domingo se apresenta sob a influência de temas como segurança, nutrição e vínculo familiar. Há um chamado ao cuidado e à preservação do que nos é essencial.
Júpiter, também exaltado em Câncer, encontra-se combusto, muito próximo ao Sol.
Essa condição pode indicar exageros e confusões em decisões relacionadas à justiça, à fé e às questões de fronteiras – sejam elas físicas, emocionais ou morais. O discernimento pode ser ofuscado, dificultando uma leitura clara das situações.
Mercúrio, também em Câncer, e Vênus, confortável em seu domicílio, Touro, priorizam as relações harmônicas, a preservação do conforto e da unidade familiar.
É um bom momento para diálogos sensíveis, acolhimento mútuo e para fortalecer os laços com aqueles que fazem parte da nossa base afetiva.
Marte, cirúrgico em Virgem, favorece movimentos estratégicos e ações bem calculadas para atingir objetivos.
A energia marciana aqui se expressa com precisão, atenção aos detalhes e disposição para o aperfeiçoamento prático.
Saturno, por sua vez, segue debilitado no signo de Áries.
Com isso, há risco de que a truculência e a impulsividade se imponham sobre a razão. Assuntos antigos que pedem estrutura e paciência podem ser enfrentados de maneira apressada, gerando resultados aquém do esperado – ou até agravando a situação.
Lua Nova em Câncer – 25 de junho, 18h41 UTC – sementes emocionais
A Lua Nova ocorre em Câncer, signo da sensibilidade, do lar e das raízes, no dia 25 de junho às 18h41 UTC. Este é um momento favorável para iniciar ciclos relacionados ao mundo interior, à proteção dos afetos e à construção de bases sólidas para os vínculos.
A conjunção exata da Lua com o Sol reforça a energia cardinal do signo, estimulando a iniciativa na esfera emocional, o cuidado com o espaço íntimo e a valorização das memórias e tradições familiares.
Por sua natureza lunar, Câncer traz o chamado para cultivar a segurança afetiva e a empatia, ao mesmo tempo em que alerta contra o fechamento excessivo e o apego às emoções antigas. Este período convida a plantar intenções que envolvam nutrição, acolhimento e
fortalecimento das raízes, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais. A Lua Nova marca o início de uma nova lunação — é o momento de silêncio fértil, em que a semente é lançada na terra ainda escura. A partir dali, tudo se inicia em gestação. É tempo
de plantar intenções, traçar propósitos, abrir espaço para o novo. À medida que a Lua cresce, a força vital se intensifica; as ideias ganham corpo, o impulso cresce, e aquilo que foi semeado começa a se desenvolver. Na Lua Cheia, os frutos se revelam: o que foi bem cultivado se mostra em plenitude. E, na fase Minguante, purificamos o terreno, soltamos o que não serve mais, limpamos o campo — tanto interno quanto externo — para que, ao final do ciclo, o solo esteja pronto para receber nova semente. Cada lunação é uma espiral de vida, morte e renascimento, um ritmo natural que nos convida a viver em consonância com
os ciclos do céu e da terra.
Mercúrio em Leão – 27 de junho
Mercúrio ingressa em Leão no dia 27 de junho, e com isso a comunicação assume tons mais enfáticos, dramáticos e pessoais. No signo de fogo fixo, a mente torna-se mais voltada à afirmação do próprio ponto de vista, e a palavra busca ser escutada com reverência. O discurso perde a leveza geminiana e adquire peso — e, por vezes, rigidez.
Mercúrio não possui dignidades essenciais em Leão, exceto alguns termos, o que indica um terreno onde sua natureza mutável e analítica encontra dificuldades. O orgulho pode contaminar o raciocínio, a vaidade intelectual tende a se sobrepor ao diálogo real, e líderes — formais ou autoproclamados — podem usar a palavra mais para dominar do que para
esclarecer.
É preciso cautela com posturas autoritárias, falas inflexíveis, promessas grandiosas e discursos inflamados que ocultam a escuta. Ao invés de comunicar, corre-se o risco de decretar. Ainda assim, bem dirigido, esse trânsito pode conferir firmeza ao pensamento,
coragem para se posicionar e nobreza de intenção ao falar — desde que o tom não sufoque o conteúdo.
Urano – Netuno – Plutão – Mudando de signo
Grandes mudanças estão por vir
Enquanto a Lua guia o pulso da alma e das rotinas, os planetas transpessoais movem forças muito mais profundas — não individuais, mas civilizacionais. Urano, Netuno e Plutão não são portadores de bênçãos, mas instrumentos de desestruturação, ruptura e convulsão coletiva. Seus trânsitos marcam mudanças de época, muitas vezes acompanhadas de crises, caos e perdas que exigem sacrifício e vigilância.
Urano em Gêmeos – 7 de julho 2025 – última vez em 1942
Urano, que desde 2018 vem tensionando o signo de Touro — terra fixa, símbolo da segurança, da matéria e dos recursos — prepara sua entrada em Gêmeos no dia 7 de julho de 2025. O que em Touro abalou os sistemas financeiros, o campo, a estabilidade alimentar
e os valores enraizados, em Gêmeos se torna inquietação mental, instabilidade na comunicação, aceleração caótica nas redes e no transporte, acidentes, confusões e desinformação. O pensamento se fragmenta. O ruído se impõe.
Netuno em Áries – 30 de março de 2025 – última vez em 1862
Netuno, que acaba de entrar em Áries — signo do fogo, da ação direta e da guerra — já não se oculta sob o véu pisciano. Aqui, ele acende fanatismos, guerras motivadas por crenças, acidentes envolvendo água, neblina sobre o campo de batalha, e uma coragem
cega, movida por ilusões. Até junho de 2028, o mundo pode assistir à explosão de ideologias irracionais, conflitos sangrentos disfarçados de ‘missões sagradas’, e estados de confusão inflamados pela pressa e pela violência.
Plutão em Aquário – 20 de novembro de 2024 – última vez em 1778
Plutão, por fim, iniciou sua travessia por Aquário — signo do coletivo, das massas, da técnica e das ideias universais. Não é de se esperar harmonia. Plutão, o destruidor, não constrói: ele escava, revela a podridão e força a queda de estruturas antes sólidas. Na
última vez em que esteve neste signo, eclodiu a Revolução Francesa. O que agora se anuncia é uma nova convulsão nas bases da sociedade, no poder das multidões, nos sistemas de controle e nas tecnologias que nos cercam. Até 2044, veremos emergir novos
regimes, rupturas brutais, e talvez o colapso de formas de organização tidas como definitivas.
Esses três planetas não sugerem esperança — anunciam provas. E cabe aos que mantêm os olhos abertos não cair no delírio das promessas modernas, mas cultivar discernimento, firmeza e lucidez ao atravessar este tempo de grande transição.