A Magia das Velas

velas coloridas

O fogo sempre teve uma conotação mágica, marcando grande avanço na história da humanidade que, quando controlado, pôde ser usado para cozinhar alimentos, proteger do frio e iluminar a escuridão.

Sendo elemento de ligação do homem com o divino, acender uma fogueira e agradecer aos deuses parece ter sido uma prática em diversas culturas da antiguidade.

 

No hinduísmo, há um deus, Agni, que representa o fogo do relâmpago e do Sol. 

Para os celtas, havia o costume de passar o gado entre duas fogueiras para que fosse purificado, e a deusa da poesia, da prosperidade e da lareira é Bright. 

Vesta era venerada pelos romanos, que mantinham uma chama acesa no templo.

Para os chineses, o fogo é considerado a mãe, geradora do elemento Terra.

Na mitologia grega, Prometeu é castigado por roubar o fogo de Zeus e, para o Xintoísmo, religião japonesa, faz parte das 3 chamas a roda do fogo.

 

Apreciar uma chama  pode nos levar a uma conexão com o divino, o uso das velas pode ser, assim, como um substituto para o tempo das antigas fogueiras.

 

Acender uma vela significa iluminar, ativar a luz e o calor; representa o elemento fogo e, sendo assim, são evocados os seres elementais do fogo. No cosmos não há oxigênio, portanto, não há como produzir fogo, por essa razão, a necessidade em acender uma chama quando se  deseja estabelecer uma ligação com o divino, seja para fazer um pedido, uma bênção, uma proteção. Acender uma vela pode significar transmutar nossas intenções através do fogo. Sempre deverão ser direcionadas a uma energia específica, pois elas irradiam ondas ígneas, semelhantes às ondas eletromagnéticas que fluem pelo Universo e que podem ser captadas mentalmente em qualquer lugar desta ou de outras galáxias, pois são irradiações da Fonte Divina.

Todas as vezes que acendemos uma vela com intenções espirituais, devemos saber para quê e para quem é destinada aquela vela. Cada vela tem um dono.

A vela branca é sempre a primeira a ser escolhida, é a cor que nos conecta com o anjo da guarda pessoal, ou guia, mestre, mentor, Luz Divina, dependendo da fé de cada um.

 

Nunca inverter uma vela, acendendo o pavio para pingar cera no suporte; ao invés disso, aquecer a base da vela e deixar escorrer a cera para que seja firmada. 

 

É importante, também,  observar como a chama se porta. Uma chama muito pequena, pode representar que a intenção precisa ser fortalecida;

uma vela que queima rápido demais, significa que aquela situação, ou divindade, estava precisando de vela, então, melhor acender outra em seguida. 

Quando há dificuldade para se acender a vela, melhor limpar o ambiente, seja através de defumação, oração, cantos ou sons.

Observar também o quanto sobra de cera ou parafina; se sobrar grande quantidade, demonstra que energias precisam ser limpas e novas velas devem ser acendidas.

Carmo Tavares